quarta-feira, 17 de abril de 2013

1869-2013: 144 ANOS DO MARTÍRIO DO EREMITA


Na cidade de Santa Fé, no Novo México (EUA), o jornal The Rio Grande Republican, do dia 30 de junho de 1869, publicava a seguinte notícia: “Índios cometem depredações perto da vila de Las Cruces”, acrescentando a nota: “Abril, 17, eremita italiano é assassinado nas Montanhas dos Órgãos, no condado de Dona Ana”. Investigações e prisões foram feitas, mas o culpado não foi encontrado. O assassinato de Juan Maria de Agostini, o eremita italiano, fez parte de uma lista de crimes jamais solucionados do Condado de Dona Ana, sul do Novo México.

Verdadeiro drama de “fé, romance, coragem, caridade e martírio da vida de um eremita,” a morte do italiano causou grande comoção entre os moradores do sul do Novo México. O corpo de Juan Maria de Agostini foi enterrado no San Albino Cemetery, em Mesilla, onde se encontra até hoje ao lado de jazigos que guardam os restos mortais de pioneiros que desbravaram a região no século XIX. Seus admiradores escolheram um epitáfio simples, escrito em espanhol, que resume perfeitamente o que foi a vida de um homem que dedicou quase toda sua existência às causas de Deus: “Juan Maria Agostini - Justiniani, eremita do Velho e do Novo Mundo. Morreu no dia 17 de abril de 1869, aos 69 anos de idade, dos quais 49 anos como eremita.” A lápide original foi substituída em 1949, trocando-se o epitáfio.


 "Quero servir a Deus nos mais terríveis desertos do mundo até o dia de minha morte" - assim declarou Agostini ao se tornar eremita, ainda na Itália, em 1827. A promessa foi cumprida.

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